jul 17 2014

Invertendo a pirâmide organizacional

É necessário estabelecer algumas premissas para permitir a criação de um ambiente que realize o potencial das pessoas nas organizações. Primeiramente, a tradicional estrutura piramidal em que poucos atingem o topo enquanto muitos permanecem na base, não favorece. Está implícito nesse modelo que não existe espaço para todos e que os privilégios estarão concentrados. Em segundo lugar, estimular cooperação de equipes para impulsionar resultados. Mas como isso é possível quando é necessário competir internamente? Se o prêmio para quem primeiro alcançar a meta for uma viagem dos sonhos com tudo pago, por que as pessoas haveriam de cooperar entre si? Por vezes, a competição interna é tão intensa que os verdadeiros competidores, externos à organização, saem de foco. Métricas, recompensas e incentivos devem encorajar a cooperação em vez da competição.

Peter Block (Stewardship, 2013), cita a experiência da Atlantic Chemical ao criar um ambiente centrado em pessoas com transferência de poder para os que realizam o trabalho. A estratégia da Atlantic Chemical incluiu:

  • Achatamento da estrutura organizacional para dois a quatro níveis dando a todos mais controle sobre o que fazem
  • Criação de uma cultura participativa e pressão sobre aqueles que não desejam apoiar o estilo participativo
  • Informação aberta a todas as pessoas sobre como está o desempenho do negócio
  • Implementação de um sistema de remuneração direcionado a resultados, não a cargos
  • Eliminação de privilégios
  • Definição clara de resultados que importam aos clientes

Redução do número de níveis na estrutura organizacional contribuindo para aliviar o estresse decorrente da sensação de inferioridade, operação em rede horizontal com menor nível de supervisão e controle (inteligência distribuída), transferência do poder decisório para a base e surgimento de líderes naturais em vez de impostos são mudanças-chave de modelo na construção das organizações para o século XXI. Quando a cooperação e prestação de contas tomam lugar da competição e o controle, as pessoas passam a ter maior responsabilidade de suas ações sobre o coletivo. Servir ao todo em vez de servir apenas aos próprios interesses estabelece por premissa um nível de confiança interpessoal que, em geral, não concilia com a cultura organizacional tradicional.

Contratar as pessoas certas e confiar nelas para fazer o que deve ser feito evita a acúmulo de normas, políticas e procedimentos – quando elas estão firmemente engajadas em algo se sentem compelidas a investir mais de si e se aprofundar ainda mais. O valor adquirido vai além da atividade isolada que executam para se conectar a um significado maior, não restando espaço na mente para se pensar outra coisa.

A varejista de roupas Nordstrom implementou uma transformação radical em sua estrutura organizacional invertendo a pirâmide e colocando o conselho de administração na base. O conselho serve às equipes que servem aos clientes. As regras da Nordstrom são: #1 Use seu melhor julgamento em todas as situações, #2 Não existem regras adicionais. Os colaboradores não recebem somente responsabilidade, mas autoridade e permissão para desempenhar dentro do que está delineado pelo propósito, valores e retrato do futuro da empresa. São livres para decidir como realizar melhor seu trabalho.

Uma questão importante a ser reavaliada nesse contexto é a necessidade de controle do trabalho. Controles têm sido tão intensos nas organizações que é gasto mais tempo e energia para manter e controlar o trabalho do que buscar o sucesso do negócio. Para avançar, o foco tem de se mover da hierarquia para equipes e colaboradores de modo que se auto-organizem sem a necessidade de controles, com base em compromissos e não falsas promessas. Transforma a concentração de poder em distribuição de poder, movendo a escolha e recursos mais próximos da base e das pontas.

Gary Hamel cita o exemplo de uma empresa que se livrou do controle formal de viagens. Todo colaborador pode viajar a negócios a qualquer momento por qualquer empresa aérea, hospedando-se em qualquer hotel, comendo e bebendo o que quiser, sem pedir permissão. Os auditores não são mais necessários para controlar. Quando regressa de viagem, disponibiliza suas despesas na internet para que os demais colegas possam visualizar. Se foi gerado um ótimo negócio e ainda houve consumo de champanhe, ninguém irá reclamar. Se a empresa perdeu dinheiro e somente uma cerveja foi pedida poderão dizer que, da próxima vez, deverá viajar de ônibus e beber água. O controle ainda existe, não de um supervisor ou auditor, mas dos colegas pela transparência e ação. São controles naturais que custam pouco e permitem liberdade com responsabilidade.

O intento é criar um modelo de governança no qual a propriedade pelos resultados e a prestação de contas estejam com aqueles que realizam o trabalho. Contudo, os colaboradores terão de adotar um comportamento mais maduro em que a segurança das decisões preestabelecidas e a certeza de alguém controlando cedem espaço para a autodeterminação. O ambiente já não é tão estável quanto antes e a organização, por sua vez, não pode mais prometer um futuro que não depende somente dela.

© José Davi Furlan

17/07/2014

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mar 24 2014

A Solução para Complexidade de Processos e Problemas

Published by under BPM

Olá!
Tudo bem?

Apenas para avisar que já está disponível mais um NOVO episódio do nosso programa “BPM Podcasts”.

O Tema:
A Solução para Complexidade de Processos e Problemas

O Especialista Convidado:
Bruno Palvarini

Todo o conteúdo já esta disponível gratuitamente em
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Fique à vontade.
É de graça. É para você!
🙂

Abraços
Gart Capote

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mar 20 2014

Manifesto das Regras de Negócio

Os princípios da independência da regra

por Business Rules Group

 

Artigo 1. Requisitos como elementos principais, nunca secundários

1.1. As regras são um cidadão de primeira classe no mundo dos requisitos.

1.2. As regras são essenciais para os modelos de negócio e para os modelos de tecnologia, sendo uma parte separada e específica dos mesmos.

 

Artigo 2. Independentes dos processos, não contidas neles

2.1. As regras são restrições explícitas de comportamento e/ou proporcionam suporte ao comportamento.

2.2. As regras não são processos nem procedimentos, pelo que não devem estar contidas em nenhum deles.

2.3. As regras aplicam-se transversalmente a processos e procedimentos. Deve existir um corpo coeso de regras, que se aplique de forma consistente a todas as áreas relevantes de atividade de negócio.

 

Artigo 3. Conhecimento explícito, não um sub-produto

3.1. As regras constroem-se sobre fatos, e os fatos sobre conceitos que são expressos por termos.

3.2. Os termos expressam conceitos de negócio; os fatos constituem asserções sobre estes conceitos; as regras restringem e suportam estes fatos.

3.3. As regras devem ser explícitas. Nunca se deve assumir nenhuma regra sobre nenhum conceito ou nenhum fato.

3.4. As regras são os fundamentos que definem o que o negócio sabe de si mesmo – isto é, são o conhecimento base do negócio.

3.5. As regras necessitam de ser alimentadas, protegidas e geridas.

 

Artigo 4. Declarativas, não procedimentais

4.1. As regras devem ser expressas de forma declarativa em frases de linguagem natural, perceptíveis pela audiência conhecedora do negócio em causa.

4.2. Se algo não pode ser expresso, então não é uma regra.

4.3. Um conjunto de enunciados só é declarativo se não contém uma sequência implícita.

4.4. Todo o enunciado de regras que precise de outros elementos para além de termos ou fatos, requere assunções sobre uma implementação de sistema.

4.5. Uma regra é distinta de qualquer medida definida para o seu cumprimento. A regra e a forma do seu cumprimento são questões distintas.

4.6. As regras devem definir-se independentemente de quem é responsável pelo

seu cumprimento, e de onde, quando e como se fazem cumprir.

4.7. As exceções às regras são expressas por outras regras.

 

Artigo 5. Expressões bem formadas,não Ad Hoc

5.1. As regras de negócio devem ser expressas de forma a que os especialistas do negócio possam validar a sua correção.

5.2. As regras de negócio devem ser expressas de forma a permitir verificar reciprocamente a sua consistência.

5.3. As lógicas formais, como a lógica de predicados, são fundamentais para a expressão formal, bem formada, das regras em termos de negócio, assim como para as tecnologias que implementam estas regras.

 

Artigo 6. Arquitetura baseada em regras, não uma implementação indireta

6.1. Um sistema baseado em regras de negócio é construído intencionalmente para permitir a mudança constante das regras de negócio. A plataforma sobre a qual o sistema é executado deve suportar esta evolução contínua.

6.2. Executar diretamente as regras – por exemplo através de motores de regras – é uma estratégia de implementação melhor que transcrevê-las de forma procedimental.

6.3. Um sistema de regras de negócio deve ser sempre capaz de explicar as razões pelas quais chega a uma conclusão ou toma uma ação.

6.4. As regras baseiam-se em valores de verdade. A forma como se determina ou mantém o valor de verdade de uma regra é mantida oculta dos usuários.

6.5. A relação entre eventos e regras é geralmente de muitos-para-muitos.

 

Artigo 7. Processos orientados às regras, não programação baseada em exceções

7.1. As regras definem a fronteira entre uma atividade de negócio aceitável e não aceitável.

7.2. As regras requerem frequentemente um tratamento especial ou seletivo das violações detectadas. Qualquer atividade derivada da violação de uma regra constitui uma atividade como qualquer outra.

7.3. Para assegurar a consistência e a reutilização máxima, o tratamento de atividades de negócio não aceitáveis deve separar-se do tratamento das atividades de negócio aceitáveis.

 

Artigo 8. Ao serviço do negócio, não da tecnologia

8.1. As regras tratam de práticas e orientações do negócio; portanto, as regras são motivadas pelas metas e os objetivos de negócio, e são moldadas por diversas influências.

8.2. As regras implicam sempre um custo para o negócio.

8.3. O custo da aplicação das regras deve ser valorizado e balanceado, tendo em consideração os riscos assumidos pelo negócio, e as oportunidades perdidas no caso de não as aplicar.

8.4. “Mais regras” não é necessariamente melhor. Normalmente é preferível ter poucas mas “boas regras”.

8.5. Um sistema eficaz pode basear-se num número pequeno de regras. Posteriormente,podem adicionar-se regras mais específicas de forma que ao longo do tempo o sistema se torne mais inteligente.

 

Artigo 9. “De, por e para” as pessoas do negócio, e não “de, por e para” as pessoas de TI

9.1. As regras devem provir das pessoas conhecedoras do negócio.

9.2. Os especialistas do negócio devem dispor de ferramentas que os auxiliem a formular, validar e gerir regras.

9.3. Os especialistas de negócio devem dispor de ferramentas que os ajudem a verificar consistência recíproca entre regras de negócio.

 

Artigo 10. Gerir lógica de negócio, não plataformas de

Hardware/Software

10.1. As regras de negócio são um ativo vital do negócio.

10.2. A longo prazo, as regras são mais importantes para o negócio que as plataformas de Hardware/Software.

10.3. As regras de negócio devem ser organizadas e armazenadas de forma que possam ser facilmente redistribuídas para novas plataformas de Hardware/Software.

10.4. As regras, e a capacidade de as alterar de forma eficaz, são fatores chave para melhorar a adaptabilidade do negócio.

 

 

Fontes:

  1. Primária: http://www.rildosan.com/2013/06/manifesto-das-regras-de-negocio.html
  2. Segundária: Copyright, 2003. Business Rules Group. Versão 2.0, Novembro 1, 2003. Editado por Ronald G. Ross. www.BusinessRulesGroup.org

 

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mar 20 2014

BPMN 2.0.1 é lançado como um padrão ISO / IEC

OMG torna o BPMN versão 2.0.1 em uma norma norma ISO.

 

A versão 2.0.1 do Business Process Modeling Notation e (BPMN) foi publicado como um padrão ISO / IEC 19510:2013. Objetivo da norma segundo Organização Internacional de Normalização (ISO):

 

O principal objetivo da ISO / IEC 19510:2013 é fornecer uma notação que é facilmente compreensível por todos os usuários de negócios, desde os analistas de negócios que criam os rascunhos iniciais dos processos, para os desenvolvedores técnicos responsáveis ​​pela implementação da tecnologia que irá executar os processos e, finalmente, para as pessoas de negócios que irá gerenciar e monitorar esses processos. A norma ISO / IEC 19510:2013 cria um padrão, uma para sanar o “gap” entre o desenho de processos de negócios e sua implementação.

 

A norma ISO / IEC 19510:2013 pode ser baixada na íntegra no endereço: http://www.omg.org/spec/BPMN/ISO/19510/PDF/

 

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fev 17 2014

BPM Day Três Poderes e Ministério Público, 19/03/2014, Brasília

INSCRIÇÕES ABERTAS – EVENTO GRATUÍTO 

38ª edição do maior evento em BPM do mundo, o BPM Day da ABPMP Brasil, com 15.300+ participantes desde sua primeira edição em maio/2011, será em Brasília. Um dia completo dedicado à discussão de temas relacionados ao Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Management) com apresentação de casos práticos na esfera dos Três Poderes e do Ministério Público. Uma excelente oportunidade para estar em contato com o que há de mais avançado em BPM no mundo e fazer networking com profissionais de diversos órgãos. Dia 19/03/2014 no auditório JK da Procuradoria Geral da República. Espaço para 380 pessoas. Evento gratuito!

BPM Day tem como objetivo discutir o tema Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Management) e apresentar casos práticos de implementação. É parte integrante da estratégia da ABPMP Brasil de difusão e capacitação profissional em BPM.

A edição BPM Day Três Poderes e Ministério Público, 19/03/2014, terá foco na apresentação de casos de implantação de BPM em organizações públicas.

Público-alvo

Gerentes de processo, donos de processo, analistas de processo, analistas de negócio, arquitetos de processo, designers de processo, e profissionais envolvidos em iniciativas de gerenciamento, controle, melhoria, redesenho, reengenharia e inovação em processos, modelagem de processos, análise e desenho de processos, gerenciamento de desempenho de processos, transformação de processos, organização de gerenciamento de processos, gerenciamento de processos corporativos e tecnologias de gerenciamento de processos de negócio.

 

Programação

Manhã:

08h00 às 08h30 – Recepção

08h30 às 08h45 – Abertura e boas vindas

Por: Nicir Chaves, CBPP, Gestora Regional Distrito Federal da ABPMP Brasil

08h50 às 09h30 – MEC: BPM como subsídio à Gestão Estratégica

Por: Em breve

09h40 às 10h20 – RNP: Atendimento Integrado de Serviços

Por: Camila Flavya Ferreira Borges, CBPP

10h30 às 10h45 – Coffee Break

10h50 às 11h30 – STF: Vencendo resistências com resultados: o modelo de Gestão por Processos no STF

Por: Antônio Pereira Rabelo, Patrícia Maria Landi da Silva Bastos e Edimilson Palma Lima

11h35 às 12h00 – Mesa redonda: Reflexões sobre as experiências apresentadas pelos palestrantes da manhã

Mediador: Em breve

12h00 às 13h30 – Intervalo para o Almoço (livre)

Tarde:

13h40 às 14h20 – TST: Implantação da Gestão de Processos para melhoria de Indicadores no Judiciário

Por: Rodrigo Rosa

14h30 às 15h10 – ENAP: Aguardando confirmação

Por: Em breve

15h05 às 15h20 – Coffee Break

15h25 às 16h00 – MPF: Implantando e descentralizando um escritório de processos

Por: Daniel Coelho Mendes de Souza

16h10 às 16h30 – SLTI: Softwares Públicos que apoiam a Gestão Pública

Por: Ricardo Miotto Lovatel

16h35 às 17h15 – Mesa redonda: Reflexões sobre as experiências apresentadas pelos palestrantes da tarde

Mediador: Em breve

17h15 às 17h30 – Encerramento

Por: Nicir Chaves, CBPP, Gestora Regional Distrito Federal da ABPMP Brasil

17h30 – Networking

(*) Programação sujeita a alterações até o dia do evento

Data: 19/03/2014 | Horário: das 08h00 às 18h00 | Local: Auditório JK da Procuradoria Geral da República, SAF Sul, Quadra 4, Conjunto C, Bloco C, Brasília-DF. Evento gratuito


Exibir mapa ampliado

Link de inscrição: http://www.abpmp-br.org/index.php?option=com_content&view=article&id=173:bpm-day-bsb

 

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fev 12 2014

Ferramentas para Escritório de Processos – Business Process Analysis – BPA

           Todo Escritório de Processos necessita de uma ferramenta para gestão dos processos que vá além dos “Diagramadores de Processo”, uma ferramenta BPA – Business Process Analysis. Um BPA é utilizado pelo analista de processo como principal recurso para mapear, documentar, analisar, redesenhar processos de negócios e estruturas organizacionais, macro processos e cadeias de valor. Ele também mantém de forma centralizada todo o repositório de processos da organização.  Diferente de outros modeladores de processos que são utilizados exclusivamente para a representação gráfica. A ferramenta BPA possui funcionalidades que extrapolam as funções de representação gráfica e que apoia a gestão dos processos, sua manutenção, ciclo de melhoria e sua institucionalização por meio da publicação.

            A ferramenta adotada para o Escritório de Processos deve conter, minimamente, algumas funcionalidades para facilitar e possibilitar a gestão dos processos. Dentre estas  avaliamos a aderência a dez funcionalidades imprescindíveis:

 

  1. Gestão do Repositório de Processos Organizacional: Os processos são armazenados em uma base de dados centralizada de forma controlada e estruturada. Todos os processos da organização são mantidos nesta base com controle de acesso e segurança. Somente usuários autorizados podem acessar esta base, sendo possível configurar quem pode acessar cada processo e quais são estes direitos de acesso (leitura, alteração, exclusão, etc.). Estes mesmos controles são efetuados para outros diagramas como o da estrutura organizacional, cadeia de valor, macroprocessos, etc. . Os processos e demais diagramas colocados em uma única base permite, durante a análise e melhoria dos processos e diagramação de estrutura organizacionais,  que atividades, serviços candidatos, unidades, etc. similares ou iguais sejam identificadas.  Esta prática evita redundâncias nas bases e na organização de processos e unidades organizacionais e possíveis retrabalhos em automações de processo. A ferramenta permite cópias de segurança das bases e exportação de processos específicos entre bases. Dentro de uma mesma base, permite ainda, que sejam feitas  cópias de ocorrência de um objeto. Desta forma, quando uma unidade organizacional ou um processo muda de nome, a mudança é replicada de forma automática em todos os outros lugares onde o objeto é referenciado. A cópia de ocorrência ainda permite formar uma análise matricial de que processos, unidades, sistemas, serviços, etc. são impactados com mudanças em determinados objetos na base, criando assim uma matriz que possibilita ao analista de processos estudar os impactos de mudanças nos processos organizacionais.
  2. Definição de metadados para objetos do repositório: são definidos atributos, de forma customizada, para qualquer objeto dentro do repositório. A definição destes atributos permitem a classificação e catalogação de informações sobre processos, atividades, unidades organizacionais, cadeias de valor, etc., de forma a se adequar a realidade da organização e suas necessidades de documentação. Os atributos ainda auxiliam na navegação pelo repositório ou na realização de pesquisas de forma avançada e específica. Neste atributos podem ser definidas informações necessárias as diversas áreas da organização, (Gestão, TI, Escritório de Processos, etc.) de forma que cada uma veja somente as informações que sejam de seu interesse.
  3. Visão Top-down da Organização: Com a ferramenta podemos modelar uma visão de cima para baixo da organização. A diagramação vai de uma visão global com a cadeia de valor da organização, passando por seus macroprocessos, processos, estrutura organizacional, até mesmo seus objetivos estratégicos e os processos que os suportam. A diagramação pode descer a um nível de detalhamento que a organização escolher, podendo, inclusive, a chegar a Diagramas de Alocação de Função (FAD).
  4. Definição de Relatórios Personalizados:  A ferramenta permite a construção de relatórios personalizados que obtêm dados de qualquer objeto do repositório. Pode-se construir um relatório no formato DOC com as logos da instituição, em seus padrões de formação e conteúdo para os processos, macroprocessos, cadeia de valor ou suas estruturas organizacionais. Ela suporta vários formatos de documentos de saída, incluindo HTML. Uma vez elaborados, o analista de processo pode utilizá-los para extrair relatórios complexos de um novo processo com apenas alguns passos o que otimiza seu tempo e facilita dar publicidade a processos, cadeia de valor, macroprocesso, estruturas organizacionais, etc. .
  5. Customização de Filtros Metodológicos: A ferramenta permite uma infinidade de símbolos, conexões, diagramas, atributos, objetos, etc. . Os filtros metodológicos customizáveis permitem a definição de metodologias de diagramação personalizadas e adaptadas a realidade da organização. Defini-se uma lista de diagramas, símbolos, objetos, atributos, etc., que são permitidos. As formas de diagramação, por meio da limitação de conexão entre elas, também são limitadas e definidas. Com este recurso é possível evitar erros de diagramação em processos, cadeia de valor, estrutura organizacionais, etc., agilizando assim o trabalho do analista de processos. Este recurso também garante a integridade e padronização das diagramações, objetos, atributos e símbolos na base.
  6. Definição de Templates: Assim como ocorre com o filtro metodológico, permite possível a definição de padrões das formas de todos os objetos da base. Assim, é possível definir a cor, tamanho, fonte, disposição espacial de atributos, forma, etc., de cada objeto. O analista de processo diagramará de forma customizada e adaptada a metodologia do escritório de processos. Todos os objetos, uma vez utilizado o template, serão utilizados nos diagramas de forma totalmente padronizada.
  7. Publicação dos Diagramas:  Para facilitar a institucionalização dos processos, a ferramenta permite a publicação dos diagramas (processos, macroprocesso, cadeia de valor, estruturas organizacionais, FAD, etc.) em um portal pesquisável, com controles de acesso por usuários ou de forma pública. Os diagramas armazenados podem ser consultados por diferentes usuários da organização através da sua publicação neste portal de processos. O seu diferencial, em relação as demais ferramentas que realizam este tipo de publicação, é manter as regras de segurança, controle de acesso, filtros metodológicos, definição de templates, definição de meta dados dos objetos, etc. em sua publicação.
  8. Trabalhos de forma colaborativa:  A ferramenta permite que vários analistas de processo possam trabalhar em uma mesma base de dados mantendo a integridade dos objetos e diagramas trabalhados para evitar conflitos de acesso. Ela ainda permite uma auditoria das alterações feitas de um processo ao longo do tempo para saber exatamente quem fez o que em cada diagrama. Outra funcionalidade permite o versionamento dos diagramas para comparações futuras entre as diversas versões do diagrama. O analista de processo pode analisar a evolução do processo por meio da análise de suas várias versões mantidas na mesma base.
  9. Simulação de Processos: A simulação do processo permite que o analista verifique o comportamento do processo em determinado cenário. Esta verificação permite que ele simule novas configurações para o processo e auxilie na tomada de decisão em qual trará maior benefício para a organização. A simulação ajuda, assim, na melhoria dos processos. Como resultado, são gerados relatórios que demonstram, de forma simulada, o desempenho do processo, quais pontos de gargalo, quais as necessidades de recursos, entre outras informações nas configurações escolhidas para o processo. As diferentes simulações são comparadas com o objetivo de avaliar o ganho obtido com cada configuração.
  10. Compatibilidade com o legado: Uma de suas funcionalidades mais importantes é a compatibilidade com repositórios legados de versões antigas dos diagramas da organização. Esta compatibilidade possibilita centralizar em uma única ferramenta e base todas as informações de processos, macroprocessos, cadeia de valor, estrutura organizacional, etc.,  da organização. Possibilita assim, aplicar seus relatórios, padrões, regras, publicações e demais funcionalidades listadas aqui nestas informações legadas. Se existir legados incompatíveis analisar os mais amplos, quantidade de informações e relevância das informações para a organização.

 

As ferramentas estudadas foram:

  1. ARIS – Software AG’s ARIS Business Process Analysis Platform http://www.softwareag.com/corporate/products/aris/bpa/overview/default.asp
  2. Oracle BPA – Business Process Analysis Suite (descontinuado)  http://docs.oracle.com/cd/E14571_01/integration.1111/e10223/506_bpa.htm
  3. Oracle BPM – Business Process Management Suite http://docs.oracle.com/cd/E14571_01/integration.1111/e10223/505_bpm.htm
  4. Bizagi – is the leading Business Process Management (BPMS) solution https://www.bizagi.com/
  5. SE Process – Soft Expert é um poderoso modelador de processos http://www.softexpert.com.br/se-suite.php
  6. Power Designer – Sybase Business Intelligence Solutions http://www.sybase.com/products/modelingdevelopment/powerdesigner e http://infocenter.sybase.com/help/index.jsp?topic=/com.sybase.infocenter.dc38088.1653/doc/html/rad1232026070106.html e http://wiki.scn.sap.com/wiki/display/SM/FAQ+Business+Process+Analytics
  7. Logizian – Logizian Simulacian is a complete business process analysis tool which lets you perform business process modeling, business process analysis and re-engineering http://www.visual-paradigm.com/product/lz/editions/simulacian.jsp
  8. iGrafix – Corel  http://www.igrafx.com/products/process-modeling-analysis/flowcharter
  9. WebSphere Business Modeler Advanced da IBM http://www-03.ibm.com/software/products/pt/modeler-advanced/
  10. Oryx (somente modelador) http://bpt.hpi.uni-potsdam.de/Oryx
  11. Microsoft Visio (diagramador apenas) http://blogs.office.com/2012/11/19/introducing-bpmn-2-0-in-visio/
  12. Intalio – bpms – http://www.intalio.com/products/create/product-tour/
  13. TIBCO – http://www.tibco.com/blog/tag/bpmn/ E https://docs.tibco.com/pub/businessevents_process_orchestration/1.0.0-Aug-2012/doc/html/tib_be_process_orchestration_dev_guide/wwhelp/wwhimpl/common/html/wwhelp.htm#context=tib_be_process_orchestration_dev_guide&file=POOverview.4.6.htm
  14. OpenText –  OpenText Assure for Business & IT http://bps.opentext.com/solutions/solution/opentext-assure-for-it-and-business

As que obtiveram uma maior aderência às dez funcionalidades listadas foram o Oracle BPA e o ARIS da Software AG. As funcionalidades do Oracle BPA são as mesmas do ARIS da Software AG na sua versão 7.1.x e o Oracle BPA tem como vantagem adicional as integrações com outras ferramentas da Oracle como a plataforma BPM Suíte. Esta integração permite uma disponibilização, na plataforma Oracle BPM, das diagramações dos Analistas de Processo para diminuir o trabalho de rediagramação por parte dos responsáveis por sua automação. Uma vez configurado, os analistas de processos podem fazer uso dos serviços da plataforma SOA e referenciá-los em seus desenhos de processo. Como o Oracle BPA foi descontinuado, a ferramenta com maior aderência passou a ser o ARIS da Software AG.

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jan 16 2014

Treinamento em BizAge

Você tem que criar um cadastro na página, mas o curso é de graça.

Segue abaixo o conteudo do curso.

Introdução

Entenda o padrão BPMN em somente 4 passos,

1. Veja os vídeos curtos: ‘Bizagi short learning videos’

2. Faça os exercícios e confira as soluções usando o Bizagi Process Modeler.

Modeler

3. Avalie seu progresso de aprendizado com os testes ‘É coreto?’

4. Explore outros recursos em nossa seção ‘Informação relacionada’

 

 News forum

 

Standard BPMN

Elementos básicos

AtividadeAtividades

Comportas Comportas

Eventos Eventos

BPMAutomatização

 

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jan 09 2014

BPM Podcasts

Olá!
Tudo bem?

Apenas para avisar que já está disponível mais um novo episódio do nosso programa “BPM Podcasts”.

O Tema:
iBPM e as Tecnologias mais modernas disponíveis para a Gestão Por Processos.

O Especialista Convidado:
Mauricio Bitencourt, CBPP

Todo o conteúdo já esta disponível gratuitamente em
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Fique à vontade.
É de graça. É para você!
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Abraços
Gart Capote

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jan 07 2014

Pós-Graduação em Gestão de Processos de Negócio (BPM) Integrado à Engenharia de Software

Apresentação
O aumento de eficiência organizacional é exigência da maioria das organizações competitivas. Este fato pode ser observado em pesquisa do Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual realizado com 98 companhias, entre elas a Claro, a Siemens e o Pão de Açúcar (EXAME, 2008). E mesmo entre as empresas do Governo Federal, a exigência pelo aumento da eficiência tem sido utilizada para aperfeiçoar a prestação de serviços à sociedade.

Objetivos do curso
O MBA em Gestão de Processos de Negócio Integrado à Engenharia de Software tem como objetivo geral capacitar profissionais no mapeamento, análise e melhoria de processos organizacionais, integrando estes conhecimentos ao aprendizado dos elementos iniciais da engenharia de software.

Público-alvo
O curso destina-se aos profissionais de nível superior, envolvidos na gestão organizacional de processos de negócio, gestores de empresas públicas e privadas, administradores, analistas de sistemas, programadores, responsáveis pela contratação de projetos de software e gerentes de tecnologia

Duração do curso e horário das aulas
15 (quinze) meses, incluindo a realização do trabalho de conclusão de curso. Aulas as segundas e terças-feiras, das 19h30 às 22h45, com intervalo de 10 minutos entre os tempos de aula.

Pré-inscrição  (somente no site da UPIS)
De: 10/12/2013 a 27/01/2014

Matrícula (somente na UPIS)
De: 27/01 a 12/02/2014

Previsão de início das aulas
Março de 2014

Grade Curricular

Módulo Disciplinas C/H
I Gestão Estratégica das Organizações 30
Balanced Scorecard (BSC) 30
Gestão de Processos do Negócio (BPM e BPMN) 30
Sistemas para Gestão de Processos do Negócio (BPMS) 30
II Indicadores de Desempenho (KPM/KPI) 30
Organização de Oficinas de Projetos de Processos 30
Fundamentos de Engenharia de Software 30
III Arquitetura Orientada a Serviços (SOA) 30
Modelagem Visual de Software (UML/ASPECTOS 30
Gerência de Requisitos de Software 30
Tópicos Especiais em BPM / Engenharia de Software 30
IV Métodos e Técnicas de Pesquisa 30 30
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 30
Métodos e Técnicas de Pesquisa 30 60
Carga Horária Total 420

 

Investimento :

Quantidade

Valor da parcela

Valor total

15

R$660,00

R$9.900,00

18

R$550,00

R$9.900,00

20

R$495,00

R$9.900,00

24

R$412,50

R$9.900,00

 

Corpo Docente: doutores, mestres e especialistas da UPIS com larga experiência acadêmica e profissional.

Critérios de seleção: Análise curricular e apresentação do curso pelo coordenador.
Coordenador do curso:Job Lúcio Gomes Vieira, MSc – job01692@upis.br

Ex-aluno UPIS tem 15% de desconto + 5% de pontualidade.

Caso não seja alcançado o número mínimo de matriculados, a UPIS reserva-se o direito de não abrir o curso.

A matrícula será efetuada somente com a entrega da seguinte documentação:
Diploma de Graduação e histórico escolar. 
CPF; RG. 
1(uma) foto 3×4. 
Comprovante de endereço
As cópias e originais da documentação serão conferidos pela Secretaria Geral.

Título Concedido
A UPIS – UNIÃO PIONEIRA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL, em conformidade com as Resoluções CNE/CES Nº 01, de 3 de abril de 2001 e CNE/CES Nº 01, de 8 de junho de 2007, expedirá Certificado de Pós-Graduação Lato Sensu, em nível de Especialização, aos participantes que obtiverem: frequência mínima de 75%, por disciplina e menção mínima“B”, para aprovação em todas as disciplinas do curso.

Contato
Campus I – SEP/SUL EQ 712/912 Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70390-125

Informações: (61) 3445-6767 ou 3445-6740  e-mail: pos@upis.br

 

Fonte: http://www.upis.br/posgraduacao/posgraduacao-gestaodeprocessosdenegociointegradoaengenhariadesoftware.asp

 

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dez 09 2013

Como estruturo cursos para capacitação em metodologias de melhoria de processos de negócio.

Passo a passo para curso.

 

  1. Levantar com o solicitante expectativas quanto ao curso e que competências devem ser trabalhados no curso. Competência, em administração, é a integração e a coordenação de um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (C.H.A.) que na sua manifestação produzem uma atuação diferenciada. O administrador, sob a perspectiva de planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, desenvolve as três competências individuais: o conhecimento (informações, conceitos, ideias, experiências), a perspectiva (colocar o conhecimento em ação) e a atitude (fazer as coisas acontecerem), indicando que a teoria da competência referia-se unicamente ao indivíduo. Com a evolução do pensamento administrativo, foi incorporado à teoria mais duas expressões, V (valores), e E (entorno), para indicar a síntese de competência (CHAVE — Conhecimentos, Habilidades, Atitudes, Valores e Entorno) como “(…) um conjunto identificável e avaliável de conhecimentos, atitudes, valores e habilidades, relacionados entre si, que permitem desempenhos satisfatórios em situações reais de trabalho, segundo padrões utilizados na área ocupacional.” Estes aspectos devem ser levantados para que o curso tenha o foco correto e gere frutos reais.
  2. Solicitar mini currículo dos alunos para levantamento de seus conhecimentos e alinhar com as competências que devem ser adquiridas.
  3. Caso seja um curso para alunos de uma mesma instituição, entender o contexto da instituição, sua maturidade em processos, ferramentas utilizadas, se tem escritório de processos implantado e funcional, em que grau hierárquico o escritório está inserido, qual o patrocinador do escritório e o grau de aceitação da instituição em metodologias BPM. Aqui os valores e o E (entrono) da CHAVE deve ser levados em consideração fortemente para o curso trazer resultados para a instituição a qual os alunos estão inseridos.
  4. Elaborar Análise SWOT ou Análise FOFA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) com base em todas as informações levantadas. Na análise podemos visualizar o cenário completo e como podemos trabalhar melhor o conteúdo do curso.
  5. Elaborar estratégia do curso e fornecer informações de custo de horas aula do professor ao solicitante. Caso seja necessária infraestrutura para a realização do curso, listar a mesma e pedir ao solicitante que a providencie. Um cronograma deve ser fornecido com um mini TAP (Termo de abertura de projeto) ou um documento mais simples mas contendo informações necessárias para a boa realização dos trabalhos como por exemplo, escopo, não escopo, entregas, etc.
  6. Caso o curso seja aprovado, elaborar plano de aula e realizar estudos sobre os conteúdos necessários ao curso.
  7. Elaborar plano de aula.
  8. Preparar ambiente EAD (Ensino A Distância) para suporte as aulas presenciais e elaborar materiais didáticos para as aulas.
  9. Aplicar aulas e tirar dúvidas via fórum no EAD.
  10. Aplicar avaliação das competências que devem ser desenvolvidas.
  11. Aplicar avaliação do curso para os alunos.
  12. Tabular dados e apresentar resultados para solicitante.
  13. Dar feedback para os participantes.
  14. Encerramento do curso.

 

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